estÉTICA do girasSOL
(…) nunca nos denominamos anarquistas ou feministas ou etc, embora emergisse em nós, com uma força, até mesmo, violenta, como não poderia deixar de ser, a inspiração de uma liberdade jamais alcançada nas relações sociais que constituímos, no decorrer da história. A despeito dessa nossa indisposição às classificações de qualquer gênero, somos alvo de projeções dos mais diversos títulos. Nossa vida nasceu antes de qualquer filosofia, como uma arte natural esculpida pelos caminhos que abrimos ao dançar. Temos visto jovens cristãos carregando verdades e certezas, o peso simbólico da cruz. Ainda somos queimadas na fogueira, condenadas pelo fantasma da culpa. Temos perdido o tempo capitalizado, com todos os riscos da nossa (in)consciência. Temos remado devagar e, por vezes, silenciosamente, atentas às curvas das paisagens, às linhas em volta do horizonte, nessa contra corrente, onde não há conforto, nem ambição, nem mesmo uma direção certa, pois viver não é preciso. Temos enfrentado