INFINITAS AURORAS
na eternidade contida em cada instante tardes que embalam tardes limiares efêmeros de felicidade só pra quem entendeu a alegria conta-gotas de poesia força que nasce trêmula enrijecidas entranhas esquece-te as rimas faze do próprio calor o teu berço do próprio colo a tua entrega desnuda-te menos e voa por onde tantas vezes plainaste infinitas auroras liberdades outroras mas no gene injetaram-te memória antigas páginas de história que te acompanham caminhas em silêncio brando e não grites não ensurdeças teus próximos a quem olhas sê ciente em tua loucura não te embriagues tanto não delires não transbordes do cálice veneno sagrado confiaram-te a fórmula mas não contaram-te o segredo tapa teus ouvidos e não ouças tais vozes ignore-as faze do que vês solitárias estrelas constelações imaginárias mundos afora nos quais transitas mas não moras sequer tens pátria anjo profano pecas habitas o mundo