VELOZ
por deus!
um pouco de poesia
para acalentar a alma
um pouco de melodia
nessa quase dança
fosse a agonia dama que baila
teria, talvez, uma perna manca?
por deus!
um pouco de silêncio
nessa noite fria
um pouco de tumulto
nesse fim de dia
é de repente mesmo
que a vida morre
que o leite escorre
loucos devaneios
de quem tem no peito
uma velocidade enorme
capaz de caminhar sem fim
por florestas densas
de atravessar desertos
de transformar o minuto em hora
de viver o dia
como quem nasce agora
de amar dizendo
que já vai embora
de quem, na ruptura
mora
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