POEMA À BALADA DE GISBERTA

quando tomamos o seu corpo

estirado na alameda


suas mãos atadas

sua boca amordaçada


seus seios de espuma

seu sexo rubro


seus olhos aflitos

para sempre cerrados


sua coroa de rosário partido

seu sangue proibido


os guardiões da lei

te revistavam

por entre as pernas


a mídia te especulava

todos te queriam

como um sacrifício


enquanto o véu branco anunciava

nosso espírito em luto declamava

o seu último suspiro de Gisberta

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