manifesto experimental

manifesto escrito em 15 min de fluxo contínuo como atividade do curso ator-performer: dramaturgia do desejo:

Esqueça o que te faz triste, ou ignore, ou passe por cima ou jogue fora, ou se lambuze, ou dê uma mordida, ou lamba, ou beije, ou acolha, ou faça você mesmo aquilo que te faz feliz. Pule do abismo com asas de dentro, navegue nos mares da alma e perceba. Corra, grite, solte os cabelos, cante. Cuidado para não morder a língua. Desenhos de cores infinitas sobrevoam mares de sono contínuo. Vim para dizer que nada será suficiente. Toda força é bem vinda. Tenho música, poesia, amor angústia, pressa. Faço do silêncio minha mensagem principal. Meu braço dói, mas irei prosseguir. Estou farta dos amores camuflados, das máscaras do dia a dia, dos saltos pequenos. Estou farta das paixões desmedidas, dos atos falhos. Vim para dizer que todo soluço é bem vindo. A sensibilidade é a minha razão primeira. Faça dos seus medos o primeiro passo para uma estrada infinita. Não quero esmolas, nem conselhos, nem recados, nem juras de amor. De que valem as bulas, receitas, manuais, tratados, rótulos, julgamentos? Pegue a minha mão e sinta a minha temperatura. Meus olhos latejam até voarem terras longínquas. Habito universos comuns e distantes, instáveis, flutuantes. Piso em chão removente. A busca é meu objetivo, estou certa dos descaminhos e busco por eles. Falo como quem veio de longe e pago passagem. Não preciso correr, pois em cada passo encontro o futuro. Escrevo letras tortas, pois minha mente divaga entre pensamentos distantes e decisões corriqueiras. Que interessa meu nome completo se não tenho família? Já vi teu olhar sorrateiro. Brinco porque séria não encontro abertura. Penso e sinto e corro e descanso e me faço de surda, de muda e de besta. Sou anônima porque não me interessam os holofotes. Escrevo como quem morre ou se enforca. Me arranho e belisco e afago e adormeço. Todos os fantasmas serão banidos. De olhos abertos caminho desertos escuros e claros. Venho dizer que não me servem os títulos e crachás. As cifras traduzem o vazio. Caminho pra buscar outras vias. Se fosse mais calma, teria ficado. A imaginação é a minha única verdade. A natureza poderá nos salvar. Não quero emoções comedidas, sorrisos contidos, boas maneiras (....)

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