CÂNTICO DA LUA SILENTE


noites trêmulas
assombradas
pelos fantasmas do tempo
da solidão
pelas imagens mudas do passado
pelo presente sem­ o­-a­-com­-chego
em lugar algum

por não escutar imune
tudo o que mal-­me-­dizem
tudo o que bem­-me-­dizem

por ter que engolir o veneno
de minhas próprias palavras

linguagem do pensamento

por não aceitar a história
de servir docilmente
ao eterno outro
detentor dos meios
e dos fins

Nossa Senhora do Silêncio
me acolha com seu manto de prata
sob o fundo negro do céu
antes que venha a luz
que tudo ex­-põe
e de­-clara

Morgana Poiesis

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