EPÍSTOLAS PROFANAS: performances dos silêncios manifestos
As Epístolas Profanas são cartografias (Suely Rolnik, Roberta Romagnoli) elaboradas a partir de
algumas pulsações que nos movem, a saber: as manifestações dos silêncios através de
performances artísticas nas ruas; uma estética dos silêncios (Susan Sontag) construída na
encruzilhada entre a arte, a filosofia e a antropologia contemporâneas; uma pesquisa performativa
(Ciane Fernandes, Brad Haseman) cujo método implica na literatura epistolar como gênero de
conhecimento.
Partimos dos silenciamentos culturais das mulheres, dialogando com algumas pensadoras,
como Djamila Ribeiro, Sueli Carneiro, Marcia Tiburi, Gloria Anzaldúa, Grada Kilomba,
Chimamanda Adichie, Gayatri Spivak, Judith Butler, Simone de Beauvoir, Michelle Perrot, dentre
outras, até as manifestações desses silêncios através de performances artísticas e culturais (Eni
Orlandi, Richard Schechner, Paul Zumthor).
Esta cartografia epistolar é uma composição de cartas trocadas com leitoras, artistas, professoras,
alunas, pesquisadoras, testemunhas, colegas e amigas interessadas, entre outras destinatárias reais e
fictícias, como cidades e entidades personificadas, personagens artísticas e conceituais, dialogando
com as referências que constituem o corpo do trabalho. As cartas referem-se a questões emergentes
das nossas experiências práticas, desde os programas artísticos Estética do Silêncio (BA, 2015) e
Estética do Silêncio (GO, 2019), até as performances artísticas Poemas & Sussurros, Epístolas
Profanas, Mulher Elefanta, Constelação Silenciosa, Bela do Silêncio, Senhora do Silêncio e
Mandalas dos Silêncios que desempenhamos nas ruas de algumas cidades brasileiras, entre Bahia,
Brasília e Goiás (2015-2019). Referenciamos escritoras que manifestaram seus silêncios na
literatura (Cora Coralina, Clarice Lispector, Hilda Hilst, Lya Luft, Virgínia Woolf, Franz Kakfa),
dentre artistas de outras linguagens, nos correspondendo com pesquisadoras brasileiras
contemporâneas dos silêncios nas artes.
Nesta pesquisa performativa, experimentamos uma síntese entre sujeito e objeto, teoria e prática,
conteúdo e forma, método e criação, podendo colaborar para as epistemologias e metodologias de
pesquisas em/com artes, nas abordagens interdisciplinares das Performances Culturais.
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